Será que ainda vale a pena estudar para concurso público?
Passar em um concurso público é o sonho de muitos brasileiros. Fatores como a estabilidade no emprego, bons salários e benefícios sempre atraem candidatos. Mas será que, no Brasil atual, ainda vale a pena estudar para concurso público?
Em virtude da crise econômica que assola o país desde 2014, é nítido o quanto as oportunidades no serviço público sofreram reduções. De fato, são cada vez menos vagas, notas de corte mais altas e elevados períodos de escassez entre um certame e outro.
Não vou tirar a sua razão de estar um tanto desiludido com a carreira pública. No entanto, vou te explicar por que ainda vale a pena estudar para concurso público. Continue a leitura!
Faço aqui uma breve pausa no artigo para deixar claro que eu, Alexandre Meirelles, não tenho qualquer relação com a Estudaqui e que não ganho nada ao escrever esses artigos e nem ao indicar o aplicativo Estudaqui. Indico o aplicativo e apoio o site porque gosto e porque eles são realmente os melhores do mercado no que fazem, são de longe a melhor opção!
A crise econômica é um “tsunami” para a iniciativa privada e “marola” para o serviço público
Nos últimos anos, o Brasil saiu de um “boom” econômico para um período severo de recessão econômica.
Em 2016, a economia encolheu 3,6%. Em um passado recente, a realidade era inversa e o país registrou seu maior avanço do PIB em 20 anos em 2010, quando a economia cresceu 7,5%.
A fim de reverter a instabilidade, em 2017 o governo implementou algumas medidas, como a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos e a Reforma da Previdência.
Ainda, muitas empresas privadas enxugaram o quadro de funcionários e vários profissionais experientes estão na rua. E mesmo com qualificação somada a anos de prática, não conseguem se reposicionar no sistema.
O país está num momento difícil e, assim, o funcionalismo público, que por muitos era visto como um local ruim pela “estabilidade” ou ainda por “acomodar” as pessoas, voltou a atrair os olhares.
Tudo isso fez com que o concurso público se tornasse uma opção para muitos.
Mesmo em tempos de crise econômica, os impactos sofridos pelo serviço público ainda são menos drásticos do que na iniciativa privada.
A onda do desemprego
Por mais que, no ano passado, o então Ministro da Fazenda Henrique Meirelles tenha afirmado que a recessão econômica já acabou, o Brasil ainda sofre as consequências.
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram fechados quase 80 mil cargos de chefia na iniciativa privada em 2018.
Há empresas que optaram por ampliar as obrigações de quem já está em cargo de chefia, fazendo com que passe a coordenar a gerência de múltiplas áreas.
Outras colocaram mais empregados sob o comando de um mesmo gestor. Ainda há aquelas que delegaram tarefas de gerência a empregados que, antes, ocupavam posições subalternas.
Isso demonstra que os impactos negativos na economia foram sentidos, de maneira mais agressiva, no setor privado, pois as empresas buscaram “enxugar” o quadro de funcionários para driblar a crise.
Assim sendo, é possível refletir que, mesmo que a recessão econômica afete o poder de compra e eventuais aumentos no salário da iniciativa pública, a manutenção do cargo é garantida, o que reforça a minha proposta de que ainda vale a pena estudar para concurso público.
Empreendedorismo por necessidade
A crise econômica fez crescer o chamado empreendedorismo por necessidade. De 2014 para cá, uma parcela maior de pessoas abriu uma empresa por falta de trabalho.
Segundo dados do Sebrae, o percentual de novas empresas (com até 3,5 anos) criadas por necessidade saltou de 29% em 2014 para 43% em 2015.
A grande maioria das novas empresas é um microempreendedor individual (MEI). Ou seja, uma pessoa que trabalha por conta própria e se formalizou como pequeno empresário.
Se o empreendedorismo é uma alternativa para se livrar do desemprego, há outro problema: fazer seu negócio vingar.
Também segundo o Sebrae, 23% das empresas no Brasil fecham as portas nos dois primeiros anos.
Logo, por mais que o empreendedorismo pareça uma alternativa viável, para manter-se estável frente à crise, é necessário ter resiliência para fazer o negócio prosperar.
Portanto, se você deseja fugir do desemprego e não deseja enfrentar as dores do empreendedorismo, eu afirmo para você que sim, ainda vale a pena estudar para concurso público.
Você sabia?
Os fundadores da Estudaqui foram aprovados nos melhores vestibulares (USP/FUVEST, UFSCAR, UNIFESP etc) e também nos melhores concursos do Brasil (Auditor Fiscal de SP, do MT, do ES etc). E o projeto da Estudaqui foi validado por eles em alguns dos melhores cursos de empreendedorismo do mundo (Stanford, UC Berkely e Draper University), no Vale do Silício, na Califórnia.
Conheça nossa história e o aplicativo de estudo da Estudaqui, e também continue lendo :).
Ainda vale a pena estudar para concurso público? A boa fase dos concursos públicos está longe de voltar
Sem dúvidas, meu amigo, o cenário dos concursos públicos no Brasil não é tão favorável como há alguns anos.
O cargo que ocupo hoje, por exemplo, de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, teve dois últimos concursos recheados: em 2009, foi lançado um edital para 600 vagas e, em 2013, a oportunidade foi para 885 vagas.
Infelizmente, posso afirmar que grandes oportunidades como essa dificilmente surgirão por, pelo menos, nos próximos cinco anos.
Em resumo, com a crise econômica, trabalhar na administração pública perdeu sim parte da atratividade, tanto pela redução da oferta de novos editais, quanto pelas más notícias em relação à aposentadoria integral.
Além disso, as notas de corte aumentaram, muito em decorrência de que há mais candidatos capacitados devido à grande oferta de materiais qualificados e cursos no mercado.
Neste momento, você deve ter voltado a se perguntar por que eu insisto em dizer que ainda vale a pena estudar para concurso público? Simplesmente porque é necessário lembrar que, mesmo diante dos períodos de recessão, a administração pública precisa continuar funcionando. Há serviços essenciais para a sociedade e para o funcionamento do estado.
Certamente há cargos a serem enxugados, mas geralmente não são os preenchidos por meio de concurso público, e sim aqueles de livre nomeação, ocupados por indicação política.
Portanto, se você deseja construir uma carreira pública, o meu conselho é: siga em frente em sua preparação para passar em concurso público, pois ainda haverá ótimos certames.
A LDO 2019 e os concursos públicos
Outro aspecto que vem fazendo as pessoas se questionarem se ainda vale a pena estudar para concurso público foi a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 e a Proposta da LDO de 2020.
Apesar de a LDO 2020 não proibir a realização de concursos, acredito que, dificilmente, grandes certames para a administração federal direta serão realizados. Alguns bons concursos serão abertos, como sempre, mas não espere por muita coisa.
Assim sendo, uma boa saída é ter foco nos concursos estaduais e municipais, que podem ser realizados e fazer nomeações normalmente.
Ou seja, busque oportunidades que estejam alinhadas à área de concurso para a qual você já vem estudando.
Além disso, sociedades de economia mista e empresas públicas também podem realizar concursos normalmente. Esse é o caso de órgãos como:
- Petrobrás;
- Banco do Brasil;
- Caixa Econômica Federal;
- Transpetro;
- Correios;
- BNDES e outros.
Ainda vale a pena estudar para concurso público se você entende o propósito
Antes de entender se ainda vale a pena estudar para concurso público, reflita: o que isso significa para você? Faça a você mesmo a pergunta: por que eu estudo para concursos?
Para quem resume a experiência aos bons salários, as chances de desistir ao longo do caminho são grandes.
Em primeiro lugar, você deve ter em mente que ser servidor público é servir ao público. É claro que a carreira garante que os seus direitos serão respeitados, estabilidade e muitos outros benefícios.
Contudo, toda essa tranquilidade tem uma contrapartida, que é trabalhar corretamente. Já foi o tempo em que havia inúmeros “funcionários fantasmas”, que trabalhavam muito pouco em diversos locais.
De certo, hoje, do funcionário público é exigido respeito aos horários de trabalho, produção, eficiência e honestidade. Logo, entre no serviço público para acrescentar algo ao país, não entre pensando apenas em você.
Ainda é mais fácil “vencer na vida” dentro da carreira pública
Em suma, é possível afirmar que a situação econômica não está fácil para nenhum setor econômico.
No entanto, hoje, ainda é mais fácil “vencer na vida” ingressando na carreira pública.
Você pode hoje, por exemplo, passar até seis anos estudando e, ainda assim, há chance de ser menos tempo do que o necessário para obter sucesso empreendendo ou na iniciativa privada.
Se você quiser saber mais sobre o tempo necessário para aprovação em concurso, indico que leia nosso artigo: “Quanto tempo para passar em concurso público: 4 variáveis que afetam o cronograma”.
Portanto, ao meu ver, ainda vale a pena estudar para concurso público. A carreira pública, além de oferecer estabilidade, permite que você trabalhe em uma função de ampla relevância social.
Então, se você ainda não começou a trilhar seu caminho de preparação para um concurso, eu indico que comece o quanto antes. Para isso, uma boa opção é ler meu artigo sobre por onde começar a estudar para concurso público.
Continuando, uma outra dica, tanto para iniciantes como para concurseiros avançados, é otimizar seu estudo participando de grupos que possam ajudar você a ser aprovado o quanto antes e garantir sua vaga. Como vimos, a perspectiva é de que a quantidade de concursos diminua, então quanto antes você conseguir a aprovação, melhor, não é mesmo?
E pra terminar, deixo aqui a melhor dica de todas, você não precisa tentar fazer tudo sozinho, facilite a sua vida usando uma tecnologia como a do aplicativo Estudaqui.
Em poucos segundos o app monta seu ciclo de estudo perfeito personalizado, sem você precisar ter qualquer trabalho. E isso não é tudo! O Estudaqui ainda permite, automaticamente:
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Um abraço, Alexandre Meirelles.
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